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Sindicância vai apurar responsabilidade por conta de água milionária no Mané Garrincha

Distrito Federal
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Lucas Pordeus Leon
25/07/2017 - 20:44
Brasília

Em meio a crise hídrica, o governo do Distrito Federal apurou uma série de erros que provocaram o desperdício de água no Estádio Mané Garrincha.

 

As explicações para que a conta do Estádio Mané Garrincha tenha dado 67 vezes maior que a média foram três fatores: uma ligação indevida entre tubulações, o acionamento errado de um registro e a não medição do hidrômetro da Arena pela Caesb por quatro meses.

 

A água da Caesb estava abastecendo os quatro reservatórios que deveriam ser enchidos pela água da chuva. A água tratada encheu todos os reservatórios e estava vazando para a rede fluvial.

 

Segundo o secretário da Casa Civil do DF, Sérgio Sampaio, isso estava ocorrendo, por causa de uma ligação indevida entre os dois sistemas de reservatórios que não estava na planta de construção da Arena. Ele suspeita que a ligação foi feita na gestão anterior para abastecer os reservatórios de água da chuva na época da seca.

 

Mas o desperdício só foi possível porque um registro foi ligado de forma errada. O secretário da Casa Civil não descarta nenhuma possibilidade, inclusive sabotagem, e disse que uma sindicância será aberta para apurar as responsabilidades.

 

Mas o problema só tomou essa dimensão porque a administração do Estádio, sob responsabilidade da Secretaria de Turismo, mudou em Janeiro o acesso à Arena.  O funcionário da Caesb  não encontrava a nova entrada e cobrava a media das contas do estádio nos últimos meses, que é de cerca 37 mil reais. Isso se repetiu por quatro meses.


Quando mediu em junho chegou ao valor de mais de 2 milhões e 200 mil reais. Mas essa conta é o acumulado de desperdícios desde janeiro, que dá uma média de 275 mil reais por mês.

 

O prejuízo ainda vai chegar na conta de agosto, pois o problema persistiu por quase todo o mês de julho.

 

A Caesb informou que vai reduzir pela metade a conta porque a água desperdiçada caiu diretamente na rede fluvial indo parar no Lago Paranoá, sem usar o sistema de esgoto. A conta de água então deve ficar em  1 milhão e 150 mil reais.

 

Ao mesmo tempo os moradores do DF enfrentam o racionamento de água.

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