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Depois de fazer rir pelo menos duas gerações, Paulo Silvino se despede das gargalhadas aos 78 anos

Luto
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Morillo Carvalho
17/08/2017 - 12:54
Brasília

Ele era de uma geração em que os bordões faziam todo mundo morrer de rir. Eram os memes de uma época em que não havia internet, nem redes sociais. Se você tiver pelo menos 30 anos, deve se lembar de frases como “Cara, crachá. Cara, crachá”, do porteiro Severino, ou, se for um pouco mais velho, tem a “Guenta, Doutor. Ele guenta”, do policial Fonseca, em dobradinha com Jô Soares.

 

Paulo Silvino começou cedo, aos 20 anos, e passou pelas principais emissoras de TV: Tupi, Continental, Rio, Excelsior, até chegar à TV Globo, em 1967. Lá, chegou a substituir Chacrinha no comando do Cassino. Deu uma pausa para trabalhar no SBT, por três anos, ao lado de ninguém menos que Ronald Golias e Carlos Alberto de Nóbrega. Ele era dessa geração. Aliás, ficou amigo dos amigos do pai dele, o artista Silvino Neto. E quem eram esses amigos? Costinha, Dercy Gonçalves.

 

Mas Paulo Silvino não era só comédia não. Ele começou a carreira artística como cantor, onde gravou disco que tinha também Altamiro Carrilho, Durval ferreira e Almir Deodato, quando ainda se chamava ainda Silvino Júnior. De lá até aqui, foram mais de 50 anos dedicados ao humor e às composições.

 

Desde o ano passado, Paulo Silvino enfrentava um câncer de estômago. Na manhã deste 17 de agosto de 2017, aos 78 anos, ele resolveu se juntar aos amigos que já partiram. E, com certeza, se tem um lado de lá, um festão com doses cavalares de gargalhadas deve estar acontecendo.

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