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Polícia Civil desmonta quadrilha que fraudava concursos públicos no Distrito Federal

Operação Panoptes
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Gésio Passos
21/08/2017 - 16:58
Brasília

A Operação Panoptes ocorreu na manhã desta segunda (21). Centenas de candidatos teriam participado do esquema de fraudes. A Polícia não descarta o envolvimento de nenhum concurso público e nenhuma banca examinadora e afirma que a investigação deve continuar.

 

O delegado Bruno Dornelas, responsável pela operação disse que os candidatos eram aliciados em cursinhos e faculdades e explica o quanto pagavam.

 

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha atua há mais de 10 anos. Os concursos da Secretaria de Saúde, Corpo de Bombeiros e da Terracap também estão sob suspeita. A investigação aponta que o próximo concurso da Câmara Legislativa também era alvo.

 

A investigação mostrou que a “Máfia dos Concursos” atuava utilizando pontos eletrônicos, celulares escondidos em banheiros dos locais das provas e uso de pessoas com identidades falsas para realização dos exames. A polícia investiga também a participação de integrantes das próprias bancas examinadoras no esquema, uma delas é a do CESPE/UNB, atual CEBRASPE.

 

De acordo com a Polícia, a organização criminosa é comandada por Helio Garcia Ortiz, ex-técnico judiciário do DF, que em 2005 já havia sido preso pelo mesmo crime de fraude a concursos, e por seu filho, Bruno Ortiz.

 

A quadrilha conseguia até diplomas de graduação e pós-graduação para os envolvidos por meio de uma instituição de ensino em Taguatinga.

 

A Polícia cumpriu quatro mandados de prisão preventiva, 15 de condução coercitiva e 7 de busca e apreensão.

 

O delegado Brunno Ornelas afirma que a segurança dos concursos deve ser revista.

 

Em nota, o CEBRASPE, ex-CESPE/UNB, informa que está fornecendo todo o apoio necessário à investigação. A reportagem não conseguiu contato com os investigados.

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