Emoção toma conta de reencontro de brasileiros que estavam em ilha do Caribe atingida pelo Irma
A noite foi de espera e angústia para a fisioterapeuta Patrícia Phebo. Ela aguardava ansiosa a chegada do marido na Base Aérea de Brasília, no voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe, ao país, oito brasileiros e seis estrangeiros sobreviventes da passagem destruidora do furacão Irma pelo Caribe, na última semana.
O avião pousou em Brasília por volta de 1h30, de madrugada. O reencontro foi marcado de emoção.
Patrícia estava no Brasil quando o furacão atingiu a ilha de San Martin, onde ela vive com o marido e dois cachorros. Ela diz que esperou pelo menos 48 horas para ter a confirmação que o esposo estava vivo.
Sonora: “A gente tá lá há quase 4 anos e eu tinha uma casa que foi destruída. Também que era de onde a gente tirava bastante da nossa renda. O banheiro foi o único cômodo da casa que ficou em pé. Eu perdi tudo. Tudo que eu construí durante uma vida.”
Patrícia relata ainda que existem muitas pessoas desaparecidas e que não tem planos para o futuro.
Sonora: “Daqui pra frente é passo a passo. Eu não sei o que é amanhã. Alguns amigos estão machucados, tem muita gente desaparecida. Não foi feito um resgate decente. Tem muita coisa que vai aparecer.”
Segundo o último levantamento do Itamaraty, cerca de 60 brasileiros permanecem nas três ilhas caribenhas atingidas pelo furacão.