Focos de incêndio atingem fazendas no Tocantins causando prejuízos e matando o gado
Em Carmolândia e Pedro Afonso, estado do Tocantins, as queimadas atingiram fazendas e canaviais matando centenas de cabeça de gado. De acordo com o major Cássio Pedro, gerente da sala de Monitoramento de Queimadas de Tocantins, o próprio produtor rural mesmo sabendo dos riscos, insiste em promover queimadas como forma de renovar a pastagem.
Sonora: “Principalmente mês de setembro, porque estamos caminhando para as primeiras chuvas. 'Opa! Momento de renovar a pastagem. Eu ponho fogo, daqui uns 15, 20 dias, cai uma chuva, e o meu pasto brota de novo.' Nós temos que mudar essa cultura. O fogo só prejudica. Por mais que ele tenha um custo mais barato. Ele traz vários problemas. E nós precisamos colocar isso, realmente, na memória da população, do produtor rural, do vizinho que, às vezes, quer queimar o lixo.”
Mais da metade dos 16,5 mil focos que atingiram Tocantins ocorreram no mês de setembro. E o mês ainda nem acabou. De acordo com o major, o estado não tem condições de garantir o combate nas áreas particulares, e os municípios contrataram um número bem inferior de brigadistas em relação a 2016.
As condições climáticas continuam a dificultar as ações: temperatura de cerca de 40 graus Celsius, com sensação térmica por volta de 53 graus Celsius, umidade abaixo de 25% e ventos fortes. As chuvas só devem chegar ao estado na segunda quinzena de outubro.
Os incêndios ainda atingem unidades de preservação ambiental e terras indígenas de Tocantins, como o Parque Nacional do Araguaia. No Pará, o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos e, em Mato Grosso, a Chapada dos Guimarães também sofrem com as chamas.
