Comitê Olímpico vai rever estatuto após prisão e renúncia de Carlos Nuzman
Comitê Olímpico vai rever estatuto após renúncia de Nuzman preso preventivamente
O presidente afastado do Cob, Comite Olimpico do Brasil, Carlos Artur Nuzman, que esta preso preventivamente, renunciou ao cargo nesta quarta-feira.
Um dos advogados de Nuzman leu a carta de renúncia em Assembleia Geral Extraordinária, que foi realizada na sede do Cob, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.
Na carta, o dirigente afirma que renuncia de modo irrefutável e irretratável ao cargo de presidente do Cob, para se dedicar a sua defesa, e reitera que tem sido acusado injustamente de fatos que serão combatidos pelos meios legais.
Nuzmann também renunciou à sua posição de membro honorário da Assembleia Geral do Cob.Pelo estatuto, o vice Paulo Wanderley, que estava exercendo apresidência, assume oficialmente o cargo.
A reunião aconteceu a portas fechadas e discutiu o futuro do Comitê após as consequências da Operação UnflairPlay, que revelou a compra de votos para a escolha do Rio como sede olímpica de 2016.
Durante a reunião foi criada uma comissão para, no prazo de quarenta e cinco dias, estudar e elaborar propostas de mudanças no estatuto do Cob.
A comissão é composta pelos presidentes das confederações de Vela, Esgrima e Atletismo, além do Judoca Tiago Camilo, que é o representante da Comissão dos Atletas.
Haverá ainda a participação de um representante da Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados e de um advogado especialista.
O novo presidente do Cob, Paulo Wanderley, afirmou que a situação é difícil, mas que a entidade não foi abalada. Segundo ele, as atividades e competições estãoacontecendo e os projetos atuais e futuros permanecem.
Wanderley disse que a renuncia de Nuzman já era esperada e que há um alívio com o anúncio feito hoje. Ele também comentou sobre a suspensão imposta pelo Coi ao Comitê.
O Judoca Tiago Camilo defendeu a participação dos atletas nas decisões envolvendo o esporte nas confederações e no COB.
Durante a reunião, um grupo pequeno de ex-atletas e representantes de Federações esportivas do Estado realizaram um ato pedindo por eleições diretas na entidade.
Eles pediram a renúncia de Nuzman e do vice para que fossem convocadas novas eleições, e que todos os atletas olímpicos tivessem direito a voto.
Atualmente apenas um representante dos atletas vota em assembleias do Comitê.