logo Radioagência Nacional
Geral

Laudo do IML diz que doença de Maluf é grave, mas pode ser tratada no presídio

IML
Baixar
Lucas Pordeus León
26/12/2017 - 19:19
Brasília

O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) sobre a saúde do deputado Paulo Maluf afirma que ele pode ser tratado dentro da penitenciária da Papuda, em Brasília. A defesa do parlamentar pede que a prisão seja convertida em prisão domiciliar por causa da saúde do preso.

 

O Instituto Médico Legal concluiu que Maluf apresenta alterações degenerativas da coluna lombar e complicações oriundas de um câncer de próstata. Afirma, ainda, que a doença é grave e permanente, mas que o deputado poderia ser tratado dentro do presídio com um acompanhamento ambulatorial especializado. O juiz responsável pelo caso, Bruno Aielo, deve tomar uma decisão sobre o pedido de prisão domiciliar com base neste laudo do IML.

 

Em nota, o advogado de Maluf afirma que a perícia confirma a tese da defesa de que o parlamentar é acometido de doenças graves e permanentes que colocam a saúde dele em risco. Mas criticou o fato dos peritos não terem analisado a doença cardíaca.

 

Ainda nesta terça-feira (26), o juiz Bruno Aielo negou o pedido da defesa para que um médico particular examinasse Maluf. O magistrado também negou acesso do médico de Maluf às instalações do Centro de Detenção Provisória na Papuda, presídio de Brasília.

 

O juiz argumenta que já existem nos autos laudos médicos de quando o deputado estava em liberdade e que a defesa pode, posteriormente, questionar o parecer do IML. Sobre a vistoria nas instalações do presídio, o juiz afirma que as condições serão informadas pela direção e profissionais médicos que lá atuam.

 

A defesa do deputado disse que esta decisão é incompreensível e atenta contra o direito de defesa e que o médico de Maluf estava na Papuda no dia do exame e foi proibido de entrar. Paulo Maluf, deputado federal pelo PP de São Paulo, foi condenado por desvios em obras quando era prefeito da capital paulista entre 1993 e 1996. O Ministério Público estima os desvios em US$ 170 milhões.

x