O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu nessa segunda-feira (18) a transferência do ex-governador Sérgio Cabral para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, e o afastamento de Fábio Ferraz Sodré, diretor da cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, onde estão os presos da Operação Calicute.
Além de Cabral e Fábio Sodré, foram denunciadas mais três pessoas na investigação sobre a instalação de uma televisão de 65 polegadas e um home theater em uma sala da cadeia.
O episódio veio a público em outubro. O equipamento seria uma doação da Igreja Batista do Méier, segundo divulgou inicialmente a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. No entanto, a instituição desmentiu.
Segundo o MP, para encomendar os equipamentos, três religiosos foram enganados por Cabral e acabaram assinando o documento. De acordo com a denúncia do MPRJ, Clotildes de Moraes, de 78 anos de idade e mais de 21 anos de serviços prestados à capelania prisional, foi uma das envolvidas no esquema. Para enganá-la, o ex-governador disse que precisava apenas de um documento formal, porque os equipamentos foram comprados por meio de uma arrecadação entre os detentos.
A defesa de Sérgio Cabral afirmou, por meio de nota, que a denúncia é inconsistente e o pedido de transferência do ex-governador não tem base legal.