Policiais civis do Rio Grande do Norte decidem nesta quarta rumos da mobilização
Policiais civis do Rio Grande do Norte, que estavam trabalhando apenas em esquema de plantão, decidiram em assembleia se apresentar na delegacia regional da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira.
Segundo o sindicato da categoria, a iniciativa não significa o retorno imediato ao trabalho do efetivo de cerca de mil integrantes da corporação, incluindo agentes, escrivãs e delegados.
Eles alegam que irão continuar mobilizados, em protesto contra as dificuldades enfrentadas na elucidação de crimes, baixos salários, falta de combustível para a circulação das viaturas e de verbas para investir em modernização de equipamentos e armamentos.
Justificam também que o sindicato ainda não recebeu a notificação com a decisão do desembargador Claudio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, determinando a efetivação da prisão em flagrante de todos os integrantes ativos e inativos da segurança pública, que promovam, incentivem ou estimulem a continuidade da greve.
O movimento iniciou há 15 dias no sistema de segurança pública potiguar.
Pela determinação do magistrado, o descumprimento da medida resulta em multa diária de 100 mil reais e, em caso de desobediência, o governo do estado fica autorizado a reter o repasse das contribuições sindicais pagas como mensalidades.
Já os policiais militares voltaram a patrulhar as ruas de Natal e Região Metropolitana na manhã desta terça-feira.
Os efetivos da força nacional de segurança pública e das forças armadas continuam reforçando o policiamento ostensivo. A operação, denominada potiguar III, envolve a participação de mais de dois mil homens do exército e da marinha.