Controladoria Geral da União e Polícia Federal apuram desvio de recursos federais destinados às vítimas da seca no Maranhão.
A investigação é um desdobramento da Operação Torrentes, deflagrada em novembro passado, quando foram revelados indicativos de pagamento de propina a servidores da Secretaria da Casa Militar de Pernambuco.
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão, nas cidades pernambucanas de Recife e Jaboatão dos Guararapes, e também em São Luís, no Maranhão.
A estimativa é que os convênios investigados somem mais de 400 milhões de reais. Na primeira fase da operação, foi apurado que os contratos teriam favorecido uma empresa, registrada em nome de “laranjas”, para aquisição de produtos para restabelecimento das cidades pernambucanas atingidas por chuvas em 2010 e 2017.
Nesta segunda fase da operação, verificou-se que agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão também teriam recebido vantagens indevidas para favorecer a contratação, em 2013, da mesma empresa fraudulenta.
Neste caso, ela atuaria no fornecimento de cestas básicas e entrega de filtros de água em municípios atingidos pela seca naquele ano. Os contratos investigados receberam mais de 10 milhões de reais do Ministério da Integração Nacional.
A operação Torrentes da CGU, a Controladoria Geral da União, conta com a atuação de cerca de 90 policiais federais.