Quase toda a estrutura do viaduto do Eixo Rodoviário que desabou parcialmente em Brasília será aproveitada. Nessa sexta-feira (2), depois de reunião do Grupo de Trabalho responsável por definir como será feita a recuperação da estrutura, o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagens do DF, Márcio Buzar, anunciou o que foi decidido.
A fundação e os pilares que sustentam o viaduto vão ser mantidas. O que vai ser trocado são os balanços, também chamados de asas, que ajudam os pilares a sustentar a laje do viaduto, exatamente a parte que rompeu e causou o desastre. Quanto à laje, que recebe o asfalto, não teve consenso. Será feito um estudo para definir o que é mais barato: recuperar ou trocar tudo, segundo o diretor do DER, Márcio Buzar.
A reportagem questionou se as duas opções são igualmente seguras. O diretor respondeu que são.
O orçamento da obra ainda não foi estimado. A previsão, segundo o governo, é que, na próxima semana, seja divulgado o valor. E, em no máximo dois meses, que a licitação seja concluída. A promessa é que o viaduto fique completamente pronto ainda este ano.
Quanto à causa do desabamento, o diretor do DER, Márcio Buzar, afirmou que uma infiltração que durou anos danificou a armadura das asas do viaduto. Isso porque, segundo ele, nunca foi feita manutenção na estrutura.
Os detalhes da obra e da causa do acidente vão estar em um relatório do grupo de trabalho. A estimativa é divulgar o documento na semana que vem, quando também sai uma nota técnica dos pesquisadores da UnB que coletaram material do viaduto de forma independente.