Após a morte de três animais do Jardim Zoológico de Brasília, somente este ano, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga irregularidades na instituição.
Para o MP, não é normal a morte de três animais silvestres que deveriam ser cuidados e protegidos por um número considerável de funcionários do zoológico. Primeiro, morreu o elefante Babu, depois a girafa Yvelise e há uma semana, a antílope Gaia.
Quem está à frente das investigações é o promotor de justiça Roberto Carlos Batista, que pretende buscar os responsáveis pelas mortes, a partir de suposta falta de cuidado no trato dos animais, negligência, imprudência e imperícia dos agentes públicos, que podem acarretar em até responsabilização criminal.
O MP cita, na ação, a lei 1.813, que atribui ao Zoológico de Brasília a responsabilidade de assegurar o bem-estar dos animais, com conforto e cuidado.
Assim, a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente do MPDFT informou que pediu ao zoológico que envie, em 15 dias, cópias dos prontuários e das necrópsias dos três animais mortos em 2018.
Além disso, pede nomes, matrículas e funções dos profissionais que tratavam deles. O MP também quer saber quais as providências foram tomadas pela instituição depois das mortes.
O órgão informou que também acionou a Secretaria de Meio Ambiente do DF, a respeito das providências que foram tomadas após as ocorrências. Procurada, a secretaria não se posicionou até o fechamento desta reportagem.
Em nota, a Fundação Jardim Zoológico de Brasília informa que não foi notificada até o momento e que está à disposição do MP para quaisquer esclarecimentos.