Polícia Federal desarticula grupo que fraudou o INSS e o FGTS em R$ 10 milhões
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (24) a operação Pseudea, para desarticular uma organização criminosa que praticava fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em especial nos benefícios de auxílio-doença.
O nome da operação se refere a uma entidade grega que personificava a mentira e a falsidade.
Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio patrimonial de R$ 25 milhões de integrantes do esquema criminoso.
Um dos presos é servidor do INSS e era responsável pela emissão de documentos falsos. Outra presa, uma auxiliar de enfermagem, é considerada a chefe do grupo criminosa.
De acordo com o delegado Rafael Dantas, coordenador da operação, a quadrilha aliciava pessoas interessadas no benefício como também fraudava documentos de vínculos empregatícios para conseguir o benefício.
Depois, eles se utilizavam de dublês que fingiam estar doentes na perícia do INSS. Os criminosos fraudavam chapas de raio-X e relatórios médicos para passar pela perícia médica.
O grupo também produzia cartas de concessão de aposentadorias falsas para saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A quadrilha operava há mais de 10 anos e, segundo estimativas iniciais, os prejuízos, só com as fraudes do auxílio-doença e do FGTS, podem ultrapassar R$ 100 milhões.
A força-tarefa também ponderou que a operação de hoje pode ajudar a criar sistemas para prevenir as fraudes, por exemplo, na implantação de biometria na perícia médica do INSS.