Em Brasília, trabalhadores protestam contra reforma e emenda do teto de gastos
Neste 1º de Maio, em Brasília, manifestantes se reuniram em ato organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Frente Brasil Popular e o grupo Povo sem Medo.
Como em outros atos pelo Brasil, foi exigido o fim da violência e da morte de lideranças, como a da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, assassinada a tiros em março.
A manifestação ainda foi contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E, no primeiro dia do trabalhador com a reforma trabalhista em vigor, o tema também foi destaque no protesto, segundo o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.
Na semana passada, a medida provisória que acrescentava pontos à reforma trabalhista perdeu a validade. Ela tinha sido criada pelo governo federal em acordo com o Senado, para que a reforma pudesse ser aprovada mais rápido. Mas a tramitação da matéria no Congresso Nacional não foi priorizada. Com o fim do prazo, grávidas podem trabalhar em locais que fazem mal à saúde, por exemplo.
E muitos trabalhadores foram ao ato por causa da reforma. A professora e pesquisadora Tâmara Laís, por exemplo. Para ela, a reformulação da CLT é uma das causas do aumento de relações precárias de emprego.
Paulo Marinho é um dos brasileiros que viraram estatística do trabalho informal. Ele tem formação, mas atuava como vendedor ambulante no protesto.
A emenda à Constituição que limitou investimentos públicos em áreas como saúde e educação por 20 anos também foi criticada no ato do dia do trabalhador. Além das pautas políticas, a programação incluiu atividades para crianças, apresentações culturais e terminou com uma roda de samba, com canções ligadas ao trabalhador e à desigualdade social.