O rio em Laranjal do Jari, no Amapá, volta a subir e chega a 2,77 metros acima do nível normal.
De acordo com a Defesa Civil, 77 famílias estão desabrigadas e foram acolhidas em escolas do município. Outras 167 estão desalojadas e buscam abrigo em casas de parentes. Três escolas tiveram que suspender as aulas.
A cheia leva também ao aumento nas ocorrências com animais peçonhentos. Em sua maioria, as cobras jararacas. Os atendimentos médicos na cidade somam sete casos.
Chama a atenção a quantidade de notificações de doenças diarreicas, 827 pessoas; além de três casos de hepatite e cinco de pneumonia.
Oito bairros foram atingidos, sendo os mais afetados o centro, Três Corações e Malvinas. Ao todo quase 9 mil pessoas sofrem com a enchente.
O capitão da Defesa Civil, Eder Prado, diz que o rio subiu 2 centímetros desde o último monitoramento, nessa quarta-feira (16) e que não existe previsão de vazante capaz de regularizar o nível do Jari.
“A vazão monitorada nas subestações ainda está de 4 mil metros cúbicos por segundo. Para se ter ideia, quando a vazão está de 3.200 metros por segundo o nível permanece o mesmo. Acima disso o nível do rio aumenta e abaixo disso é que começa a diminuir. Então, a previsão ainda é subir mais o nível do rio.”
A Companhia de Água e Esgoto do Amapá distribuiu quase 115 mil litros de água à população e, nesta semana, kits de ajuda humanitária enviados pelo governo federal devem chegar de balsa.
O material é suficiente para atender cerca de 1,9 mil famílias.