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Movimentos por moradia pedem por mais diálogo para evitar tragédias como a do edifício Wilton

Direito à Moradia
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Nelson Lin
04/05/2018 - 12:09
São Paulo

O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Mágino Barbosa, esteve na região do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou durante um incêndio na madrugada de terça-feira (1º), no centro da capital paulista. O secretário disse que a Polícia Civil já determinou quais foram as causas do incêndio.

 

O procurador-geral da Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, também esteve no local. Ele negou que tenha havido falhas na fiscalização do Ministério Público. De acordo com laudos do Corpo de Bombeiros, o prédio já apresentava riscos de incêndio desde 2015.

 

Smanio também falou sobre uma reunião entre representantes do MP, movimentos de moradia, prefeitura e bombeiros. Ele disse que ficou acertado que os 70 prédios do centro de São Paulo, ocupados por famílias sem-teto devem passar por vistorias do Corpo de Bombeiros e da prefeitura.

 

O advogado do Centro Gaspar de Direitos Humanos e da União dos Movimentos por Moradia, Benedito Barbosa, esteve na reunião e disse que a resolução foi apoiada pelos movimentos sociais presentes. Ele também falou sobre a necessidade de diálogo entre os movimentos e o poder público para evitar conflitos.

 

Desde a última quarta-feira (2), cinco prédios vizinhos ao edifício Wilton estão interditados pela prefeitura, por causa do risco de desabamento, já que as buscas nos escombros estão sendo feitas com maquinário pesado. Moradores desses prédios também reclamaram da falta de apoio do poder público.

 

Em nota, a prefeitura de São Paulo informou que uma base de atendimento da Defesa Civil foi montada no centro, que deve funcionar entre as 8h e as 17h, para orientar moradores e trabalhadores de imóveis vizinhos. Também informou que 28 pessoas puderam entrar em apartamentos de dois prédios e em três estabelecimentos comerciais.

 

* Colaborou Eliane Gonçalves

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