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Parentes de vítimas do desmoronamento tentam fazer reconhecimento de restos mortais

Desabamento
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Eliane Gonçalves
08/05/2018 - 22:01
São Paulo

A mãe e o irmão de Selma Almeida da Silva, uma das possíveis vítimas do desmoronamento do edifício Wilton Paes de Almeida, saíram do interior da Bahia na segunda-feira (7) e chegaram na tarde de terça-feira (8) a São Paulo.

 

O irmão, William, seguiu direto para o Instituto Médico-Legal para fazer os exames de DNA e tentar identificar os restos mortais localizados entre os escombros do edifício.

 

Sonora: “Eu vim em busca da minha irmã, Selma Almeida Silva. Eu tenho pra mim que ela não está mais viva eu fui logo pro IML fazer o exame.”

 

Além de Selma, os dois filhos gêmeos dela, Vender e Elder, de 8 anos, também estão na lista de possíveis vítimas. Nesta terça-feira, os bombeiros localizaram um corpo pequeno, possivelmente de uma criança e os restos mortais de um adulto.


Ao todo, os bombeiros procuram oito pessoas desaparecidas. Foram confirmadas a localização de dois corpos, além do que pode ser os restos mortais de uma terceira pessoa. Cerca de 2 mil toneladas de ferro e concreto já foram retiradas do local.


Algumas famílias que moravam no prédio seguem acampadas no Largo do Paissandu. Com a previsão de chuva, foram instaladas lonas sobre colchões e barracas, que se concentram em frente à igreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos.

 

Já as vistorias que a prefeitura de São Paulo começou a fazer com o objetivo de checar a situação dos 70 prédios ocupados em São Paulo continua sob sigilo. Segundo a defensora do núcleo de Moradia e habitação, Luiza Lins Veloso, as visitas das equipes técnicas chegaram a ser suspensas a pedido dos movimentos de moradia, que temem ações de remoção. Segundo a defensora, apenas uma vistoria foi realizada até agora em uma ocupação localizada na Avenida São João. As novas visitas só seriam retomadas na semana que vem.

 

A prefeitura nega a informação e diz que as visitas continuam, mas não informa quais e nem quantos prédios foram vistoriados. Segundo a União, uma ocupação, localizada na rua Marcondes, aconteceu nesta terça-feira.

 


O Ministério Público do estado recomendou que as vistorias não se limitem a analisar as áreas comuns dos prédios, mas também os espaços individuais, usados como habitação.

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