Em tempo de Copa, sonho de ser profissional brilha nos olhos de jogadores mirins do DF
É num gramado seco que dezenas de meninos da Ceilândia, cidade a cerca de 40 quilômetros de Brasília, partilham o mesmo sonho.
“Ser jogador de futebol, é meu sonho, nada me leva a desistir.”
O Cauã Smith, de 11 anos, sonha alto, e quer chegar à seleção.
“Na minha opinião, eu queria jogar mesmo no Brasil e no Barcelona. É meu sonho. E também começar por base e depois ir evoluindo.”
A Bianca de Almeida, de 13 anos, é fã do Neymar Júnior e do Cristiano Ronaldo e, é claro, da Marta, da seleção feminina de futebol. Ela é a única menina do time. Bianca diz que não sente preconceito da turma e ainda recebe o incentivo da família e dos amigos.
“Até hoje não vi nada assim a respeito de preconceito. Meu pai me apoia muito e a minha mãe até que está começando a ficar do meu lado. Minhas amigas acham o máximo. Elas vão até para o meu jogo”.
E de incentivo, a policial militar Aline Van Boeckel entende bem. O filho dela, de 13 anos, joga futebol desde os 6 anos, sempre com o apoio da família.
“É um sonho que não é um sonho fácil, mas que é um sonho que ele deve seguir em frente. Eu abro mão das minhas coisas pelo sonho dele, a gente segue o sonho.”
E na época de Copa do Mundo, quando os holofotes se voltam para os craques, os olhos dos meninos e meninas que alimentam o desejo de jogar futebol profissional também se enchem de brilho.
O treinador da turma de Ceilândia, o bombeiro Carlos Roberto Araújo, diz que até a procura pelas escolinhas aumenta.
Entre os jogadores mirins, a animação para a Copa é vibrante e a preferência por alguns jogadores também.
“Quem é o jogador preferido de vocês? Marcelo e Neymar!”
E nem o traumático 7 a 1 desanima a turminha, que promete torcer pelo Brasil.