O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, comentou as decisões dessa terça-feira (26) da 2ª Turma da Corte. A turma soltou provisoriamente o ex-ministro José Dirceu, condenado em segunda instância por corrupção na Lava Jato, e anulou provas colhidas pela Polícia Federal em endereços da senadora do PT, Gleisi Hoffman, sob o argumento de que a busca e apreensão não tiveram autorização do STF.
O relator da Lava Jato foi contra a liberação de Dirceu e a anulação das provas no caso de Gleisi. Mas, Edson Fachin negou o discurso de que ele teria sido derrotado. Segundo Fachin, magistrado não pode ter lado ou ideologia.
O ministro Marco Aurélio também comentou as decisões dessa terça-feira (26). Para ele, haveria menos divergências dentro da corte se a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, pautasse as ações de inconstitucionalidade das prisões após a segunda instância. Marco Aurélio é contra a prisão antes do trânsito em julgado e um crítico da prisão do ex-presidente Lula.
Gilmar Mendes acredita que o caso do ex-ministro José Dirceu é diferente do caso de Lula, não gerando, segundo o ministro, um precedente a favor do ex-presidente. Ele comentou recentes decisões do Plenário da Corte e acredita que o Supremo está no caminho certo.
A segunda turma do Supremo ainda suspendeu as ações contra o deputado estadual de São Paulo Fernando Capez, do PSDB, um dos acusados de integrar a chamada Máfia da Merenda no estado paulista.