O motorista Antonio de Almeida Anaquim, que atropelou 18 pessoas, matando duas, na Praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense, foi denunciado por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar, e lesão corporal.
Na denúncia apresentada nesta quarta-feira, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro afirma que Anaquim agiu de forma negligente, pois assumiu o risco de causar acidentes ao omitir que sofria de epilepsia, no processo de renovação de sua carteira de motorista, em 2015. O órgão acrescentou ele estava em tratamento médico desde a adolescência para evitar recorrentes desmaios e tinha ciência disso.
O Ministério Público também destaca que a responsabilidade do motorista é agravada pelo fato de que ele estava com o direito de dirigir suspenso na data do atropelamento. Anaquim já responde a processo por falsidade ideológica, justamente por ter omitido ao Detran que tem epilepsia.
O acidente ocorreu no dia 18 de janeiro deste ano. Na ocasião, Anaquim trafegava pela orla de Copacabana, por volta das oito e meia da noite, na pista da Avenida Atlântica que fica junto à praia.
Quando estava na altura da Rua Figueiredo de Magalhães, ele alegou ter sofrido um ataque epilético e disse que perdeu o controle do veículo, que atravessou a ciclovia e o calçadão e só parou na areia, atingido 18 pessoas no trajeto.
Duas das vítimas morreram: um bebê de 8 meses, que faleceu no dia do acidente, além de um australiano condenado por pedofilia, que vivia no Rio com identidade falsa. Ele ficou internado em coma até o dia 31 de maio, quando acabou morrendo.