logo Radioagência Nacional
Geral

Polícia do Rio desarticula quadrilha que usava televisores para esconder armas

Contrabando
Baixar
Ícaro Matos
05/07/2018 - 16:12
Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, desarticulou nesta quarta-feira uma quadrilha de traficantes de armas. O grupo, que tinha a participação de pelo menos 14 pessoas, contrabandeava pistolas de uso restrito, do Paraná para o Rio de Janeiro, escondidas no interior de aparelhos de televisão.

 

De acordo com as investigações, a quadrilha negociava com todas as facções criminosas que atuam no Rio. As viagens de Foz do Iguaçu para a capital fluminense eram minuciosamente planejadas, e quase sempre os integrantes embarcavam em ônibus diferentes, com itinerários distintos. Eles também preferiam fazer a viagem nos finais de semana para simular passeios turísticos.

 

Somente neste ano, 56 pistolas que eram traficadas pelo grupo foram apreendidas dentro de televisores, sendo 40 delas durante uma operação em Resende, no sul fluminense, e 16 em Santa Terezinha de Itaipu, no interior do Paraná.

 

Apontado como o líder do grupo criminoso, Francinei Custódio de Medeiros, conhecido como “Neizinho”, foi preso em uma mansão, no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. No local, os agentes também apreenderam cerca de 300 quilos de maconha, uma pistola Glock ponto 40 de uso restrito; diversas peças para armas de fogo e um colete a prova de balas.

 

Em outro endereço atribuído ao criminoso, numa cobertura no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da capital fluminense, foram apreendidos um carro importado de luxo e duas motos esportivas também importadas.

 

Em outra operação, na terça-feira, a Polícia Civil estourou um paiol do tráfico em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O armamento estava escondido no teto falso de uma casa da comunidade.

 

No total, os agentes apreenderam 48 granadas, dois fuzis, cerca de 1.800 munições para fuzis, além de drogas, pistolas e radiotransmissores. Não houve prisões na operação. De acordo com a Polícia Civil, as granadas seriam usadas por traficantes de Parada de Lucas, Vigário Geral e da Cidade Alta para atacar os blindados da polícia durante as operações nas favelas.

x