Família de mulher que morreu após demora em atendimento em hospital do Rio vai processar o estado
A família de Irene Bento, de 54 anos, decidiu processar o estado pela morte da dona de casa. Irene foi levada pela família para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na zona norte do Rio, na tarde do ultimo sábado (28), mas não teve atendimento.
Foi levada novamente pela família para a Unidade de Pronto Atendimento, a UPA próxima ao hospital, e no final da noite, com a piora no quadro foi transferida novamente para o Getúlio Vargas, onde foi decretada a morte dela.
Irene foi enterrada no início da semana, na cidade de Miraí, Minas Gerais. Rangel Marques, filho de Irene afirma que quer evitar que a tragédia se repita com outras famílias.
O caso foi registrado na 38ª Delegacia de Polícia e de acordo com a Polícia Civil vai ser investigado pela 22ª Delegacia, da Penha. Segundo a família, Irene foi levada para o hospital por volta de duas da tarde, com muita falta de ar, sem conseguir falar e se locomover.
Uma hora depois, com a percepção de que ela estava piorando e o atendimento não acontecia o filho começou a percorrer o hospital tentando encontrar os médicos e protestando contra a demora já que a unidade estava vazia.
Ele próprio gravou a procura e encontrou uma sala com uma médica que acessava o celular e, quando interpelada, disse a ele que não estava vendo o whatsApp e sim documentos médicos e que era preciso esperar a ficha da paciente.
Depois do protesto, de acordo com o relato da família, uma enfermeira aferiu a pressão de Irene, disse que não estava grave e recomendou que fosse levada para a UPA. Procurada, a assessoria de imprensa da OS Pró Saúde, que adminstra o Hospital Getúlo Vargas, afirmou que o caso deveria ser tratado com a Secretaria estadual de Saúde.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a secretaria de Estado de Saúde afirmou apenas que a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas lamenta o ocorrido e informa que tomará as providências para que os envolvidos sejam responsabilizados.