Justiça do Rio substitui prisão domiciliar de Adriana Ancelmo por uso de tornozeleira
O juiz Marcelo Bretas, da 7º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, substituiu a prisão domiciliar da ex-primeira dama do estado Adriana Ancelmo pelo uso de tornozeleira eletrônica.
Com isso, a mulher do ex-governador Sérgio Cabral poderá sair de casa, inclusive para trabalhar, utilizando o equipamento.
No entanto, ela precisa estar em casa entre as 20h e as 6h e também nos feriados e fins de semana. Para Bretas, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal, as medidas cautelares não mais se justificam.
Adriana Ancelmo foi presa preventivamente em dezembro de 2016, passando a cumprir pena no Complexo Penitenciário de Bangu, após ser denunciada na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato no Rio.
Em abril de 2017, ela conseguiu o regime de prisão domiciliar, revogado oito meses depois, fazendo com que retornasse ao regime fechado.
Em dezembro do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, restabeleceu a prisão domiciliar. A decisão foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça, em atenção ao Estatuto da Primeira Infância, já que Adriana possui dois filhos menores de idade.
A defesa da ex-primeira dama disse que sempre sustentou que a prisão preventiva de Adriana, no cárcere, era ilegal e desnecessária. Ainda de acordo com o advogado Alexandre Lopes, com a adoção da tornozeleira eletrônica "vai-se chegando mais perto do que a lei determina".
Adriana Ancelmo responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.