Solução para fila em hospitais públicos para tratamento de câncer será discutida no Rio
A Defensoria Pública da União (DPU) convocou para a próxima quinta-feira (23) uma reunião de emergência para tratar da crise no atendimento a pacientes com câncer no estado do Rio de Janeiro.
Os diretores dos seis hospitais federais e também do Instituto Nacional do Câncer (Inca) foram convocados. Segundo a Defensoria, há pacientes esperando até nove meses para iniciar o tratamento de câncer, quando a lei estabelece que a espera seja de apenas dois meses.
Hoje a fila para a primeira consulta com médico especializado tem 1.012 pacientes. E o órgão ressalta que a demora pode diminuir significativamente as chances de cura.
A reunião emergencial foi acertada após audiência do defensor regional de Direitos Humanos, Daniel Macedo, com os juízes Andrea Barsotti e Mario Victor Francisco de Souza, respectivamente titular e substituto da 4ª Vara Federal.
Na vara tramita uma ação coletiva responsabilizando a União pelas falhas no atendimento. O relatório da Defensoria aponta que houve uma redução de 48% no número de vagas de consultas especializadas para pacientes com câncer na rede federal, no Rio, nos últimos dois anos.
O orçamento dessas unidades está congelado desde 2014, apesar da demanda por atendimento especializado para câncer ter aumentado nos últimos anos.
Procurado, o Ministério da Saúde informou que o Departamento de Gestão Hospitalar está chamando todos os oncologistas necessários para reforçar o atendimento nos seis hospitais federais, no Rio de Janeiro, entre os inscritos no processo seletivo deste ano.
Ainda de acordo com a nota, 1.200 profissionais de saúde e de apoio à assistência do processo seletivo deste ano já foram contratados e estão possibilitando o aumento da oferta de vagas à regulação.
A previsão é de que mais 2.760 profissionais ingressem nas unidades até o próximo mês.