Pesquisa indica que 72% dos fluminenses querem prorrogar intervenção federal
Cerca de 72% dos moradores do estado do Rio de Janeiro apoiam uma possível continuidade da intervenção federal na segurança pública, prevista para ser encerrada em 31 de dezembro deste ano.
É o que mostra uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha. O levantamento indica que 21% dos entrevistados são contra a manutenção da intervenção em 2019, 4% se declararam indiferentes e 4% não sabiam responder.
A pesquisa foi realizada entre 4 e 6 de setembro e entrevistou 1.357 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais.
O levantamento aponta ainda que o apoio à prorrogação da intervenção é menor na capital, com 68% de aprovação, e maior nas demais cidades da região metropolitana, com 74%, e no interior do estado, com 75%.
O apoio também é menor entre as pessoas com nível superior , 63% são favoráveis, do que entre as que têm ensino médio, cuja taxa de aprovação chega a 73%, e fundamental, com 79%. Quando analisadas as idades dos entrevistados, a aprovação chega a 78% na faixa etária de 45 a 59 anos e a 59% na população de 16 a 24 anos.
No mês passado, quando a intervenção completou seis meses, o Gabinete da Intervenção informou que, entre fevereiro e agosto, 35 pessoas morreram em confrontos nas operações com participação das Forças Armadas, sendo 3 militares do exército. Foram apreendidas 152 armas e detidas 518 pessoas, dos quais 56 crianças e adolescentes. Cerca de 92 mil militares participaram das operações.
No entanto, a política de segurança pública implementada pela intervenção vem sofrendo críticas de pesquisadores e defensores públicos. Na semana passada, representantes da Defensoria Pública da União (DPU) e da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPE-RJ) ouviram relatos de violações em visitas a comunidades do Rio de Janeiro e repassaram a representantes do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
Pesquisadores do Observatório da Intervenção, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes, também fizeram um balanço de seis meses da intervenção e alertaram que o Rio de Janeiro registrou aumento de 40% no número de tiroteios no período.
Na última segunda-feira (3), o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e o interventor federal, Walter Braga Netto, assinaram um plano de transição, que deixará a estrutura do gabinete de intervenção ativa até 30 de junho de 2019.
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