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Lideranças comunitárias de Barcarena vão monitorar medidas ambientais adotadas pela Hydro Alunorte

Barcarena
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Juliana Cézar Nunes
17/10/2018 - 11:26
Brasília

O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado do Pará promoveram nesta terça-feira (16) uma audiência pública em Barcarena.

 

O objetivo era ouvir a população sobre o Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta assinado pela empresa Hydro Alunorte.

 

As lideranças comunitárias foram convidadas a participar do comitê que vai acompanhar a implementação, por parte da Hydro, de medidas para reduzir os impactos socioambientais da produção de alumínio.

 

O procurador do Ministério Público Federal no Pará, Felipe Moura Palha, afirma que enquanto essas medidas não forem executados pela Hydro a empresa terá que continuar operando com 50% da sua capacidade.

 

Sonora: "O único caminho viável para a retomada das atividades da empresa é o cumprimento integral das cláusulas do TAC. Vamos saber com segurança científica que a empresa cumpre todas as normas ambientais e se ela cumpre as condicionantes socioambientais para o o empreendimento funcione."

 

O Ministério Público responsabiliza a Hydro Alunorte pelo vazamento de rejeitos de bauxita nas águas da região em fevereiro deste ano.

 

A empresa nega que o transbordo tenha ocorrido, mas concordou em contratar uma auditoria independente, avaliar a qualidade dos rios e do solo em Barcarena.

 

As comunidades locais serão submetidas a exames clínicos e devem ser ressarcidas por possíveis impactos da atividade da refinaria.

 

Neste mês, a Hydro chegou a anunciar a suspensão total das atividades em Barcarena e Paragominas, mas voltou a produzir com 50% da capacidade depois que foi autorizada pela Justiça a utilizar uma nova tecnologia de filtragem de resíduos.

 

A refinaria emprega cerca de cinco mil pessoas.

 

O Ministério Público do Trabalho acompanha a situação dos trabalhadores, que já tiveram a jornada reduzida.

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