Lideranças comunitárias de Barcarena vão monitorar medidas ambientais adotadas pela Hydro Alunorte
O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado do Pará promoveram nesta terça-feira (16) uma audiência pública em Barcarena.
O objetivo era ouvir a população sobre o Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta assinado pela empresa Hydro Alunorte.
As lideranças comunitárias foram convidadas a participar do comitê que vai acompanhar a implementação, por parte da Hydro, de medidas para reduzir os impactos socioambientais da produção de alumínio.
O procurador do Ministério Público Federal no Pará, Felipe Moura Palha, afirma que enquanto essas medidas não forem executados pela Hydro a empresa terá que continuar operando com 50% da sua capacidade.
Sonora: "O único caminho viável para a retomada das atividades da empresa é o cumprimento integral das cláusulas do TAC. Vamos saber com segurança científica que a empresa cumpre todas as normas ambientais e se ela cumpre as condicionantes socioambientais para o o empreendimento funcione."
O Ministério Público responsabiliza a Hydro Alunorte pelo vazamento de rejeitos de bauxita nas águas da região em fevereiro deste ano.
A empresa nega que o transbordo tenha ocorrido, mas concordou em contratar uma auditoria independente, avaliar a qualidade dos rios e do solo em Barcarena.
As comunidades locais serão submetidas a exames clínicos e devem ser ressarcidas por possíveis impactos da atividade da refinaria.
Neste mês, a Hydro chegou a anunciar a suspensão total das atividades em Barcarena e Paragominas, mas voltou a produzir com 50% da capacidade depois que foi autorizada pela Justiça a utilizar uma nova tecnologia de filtragem de resíduos.
A refinaria emprega cerca de cinco mil pessoas.
O Ministério Público do Trabalho acompanha a situação dos trabalhadores, que já tiveram a jornada reduzida.