“Para nós, índios, paz é viver livres de ameaças, invasões e destruições”.
A frase é de uma brasileira guerreira da paz indicada ao Nobel em 2005 pela ONG suíça "Associação 1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz". Essa Associação apostou na trajetória de mil mulheres para concorrerem de forma coletiva a essa importante premiação.
Falo de Joênia Batista de Carvalho, advogada de Roraima, da etnia wapichana. Depois de ter se consagrado como a primeira índigena a se formar advogada no país, Joênia, que sempre estudou “para defender seu povo”, atuou de forma corajosa e decisiva pelos direitos territoriais dos índios. Na busca de justiça e reparação para as vítimas das mais diversas violações como: ameaças de morte, torturas, discriminação racial, não tardou em se transformar numa referência nacional e internacional.
Por meio de palestras e cursos, sempre procurou conscientizar outras tantas lideranças indígenas sobre seus direitos. Num estado em que os índios sempre foram extremamente discriminados, como Roraima, Joênia não só conseguiu o diploma, mas acabou de conquistar também uma cadeira na Câmara dos Deputados. Desde domingo, ela é a primeira mulher indígena eleita deputada federal com 8 mil 491 votos. Joênia, compartilhe com a gente sua emoção!
Em nome desse Brasil que pode ser melhor a partir da atitude cidadã de cada um de nós, queremos chamar a participação da jornalista Letícia Leite, do Instituto Socioambiental (ISA). Ela é produtora e apresentadora de uma experiência radiofônica que é sucesso em todo país, particularmente junto aos povos indígenas, o Copiô, parente!
Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.




