A partir de 1º de janeiro, qualquer tipo de produto com o metal mercúrio fica proibido em todo o Brasil.
A decisão é da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que proibiu, em portaria, a fabricação, importação e comercialização de produtos com mercúrio.
A medida é para cumprir o compromisso assumido pelo Brasil e mais 140 países, na Convenção de Minamata, em 2013.
Na ocasião foram debatidos os riscos à saúde e ao meio ambiente, a partir do uso da substância.
O mercúrio é mais comum do que se imagina: é utilizado em pilhas, lâmpadas e equipamentos para saúde, como termômetro e aparelho de pressão arterial.
Tudo isso oferece riscos à vida e, segundo o Ministério da Saúde, pode causar problemas ao sistema nervoso central e à glândula tireoide, em casos de exposição em por longos períodos.
Mas, quem já tem os equipamentos com mercúrio na composição ou no funcionamento, como os tradicionais termômetros caseiros, a decisão da Anvisa não proíbe, desde que o cuidado seja redobrado para que o objeto não se quebre e o mercúrio possa vazar.
E quem não quiser arriscar e pretende se desfazer desses objetos com mercúrio, a recomendação é guardar em casa, em segurança, até serem divulgados os pontos de recolhimento.
Lembrando que, caso ocorra o vazamento de mercúrio com a quebra de um termômetro, por exemplo, a recomendação é recolher os cacos de vidro com luvas e toalhas de papel, recolher as gotas de mercúrio com uma seringa, afastar crianças do local, transferir as gotas para um recipiente de vidro, coberto por água e identificando que contém substância tóxica.