Quem passou em frente a um posto de gasolina em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, nesta quarta-feira (23), ficou espantado com um carro em chamas, ao lado de uma bomba de combustíveis. Esse foi mais um dos incêndios criminosos que ocorrem há 22 dias no Ceará. Até o momento, foram mais de 280 ataques do tipo e 413 pessoas presas.
Na terça-feira (22) à noite, na cidade de Pindoretama, no litoral cearense, o veículo de um funcionário do deputado estadual Vitor Valim, do Pros, foi incendiado. Ainda no fim da terça-feira, os cearenses que voltavam para casa não puderam utilizar o terminal de ônibus de Messejana, na capital, por duas horas.
Isso porque, o esquadrão antibombas da Polícia Militar isolou a área para verificar uma denúncia. O grupo encontrou instrumentos que poderiam ser usados para confeccionar uma bomba em um dos banheiros do local.
Segundo investigações do governo do Ceará, as ordens para os ataques partem de dentro das cadeias estaduais. Por isso, 39 detentos foram transferidos para Penitenciárias Federais. Para deixar os cearenses menos inseguros nas ruas, mais de 29 mil policiais civis, militares, bombeiros e peritos forenses do Ceará estão atuando em todo o estado.
Homens da Força Nacional de Segurança Pública e Polícia Rodoviária Federal ajudam a conter a onda de violência. Nos próximos dias, está prevista a chegada dos primeiros integrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária, subordinada ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
