O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como doutor Bumbum, pode deixar a prisão a qualquer momento. Ele aguarda apenas a chegada do alvará de soltura ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangú, na zona oeste do Rio de Janeiro, para ganhar a liberdade.
Denis estava preso preventivamente desde julho do ano passado, acusado de ser o responsável pela morte da bancária Lilian Calixto, ocorrida no mesmo mês, após a realização de um procedimento estético.
O habeas corpus foi concedido por unanimidade pelos desembargadores da Sétima Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, nessa terça-feira (29).
Na decisão, os magistrados resolveram substituir a prisão por medidas cautelares, como proibição de deixar o Rio de Janeiro sem autorização e de sair de casa à noite.
O médico também deverá se apresentar periodicamente à Justiça e não pode ter contato com testemunhas do caso.
O doutor Bumbum responde a processo por homicídio doloso duplamente qualificado e associação criminosa. Também são rés no processo a mãe dele, Maria de Fátima Barros Furtado, que também é médica; sua namorada, a secretária Renata Fernandes, que atualmente está grávida; e a técnica de enfermagem Rosilane Pereira da Silva, que atuava nos procedimentos junto com Denis.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Lilian Calixto saiu de Cuiabá, no Mato Grosso, para fazer uma bioplastia nos glúteos. O procedimento foi realizado no apartamento de Denis, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Lilian teve complicações e foi socorrida pelo próprio Denis para um hospital particular também na Barra. Ele a deixou na unidade e foi embora em seguida.
Lilian chegou em estado extremamente grave, mas ainda com vida, ao hospital. Ela foi atendida, mas não respondeu às manobras de recuperação e morreu horas depois.