Mesmo com a transferência de 21 presos do Ceará para penitenciárias federais e o reforço de policiais e homens da Força Nacional de Segurança nas ruas do estado, os criminosos ainda realizam atos de violência.
Na madrugada de hoje (10), eles tentaram detonar uma bomba no viaduto no Bairro Parangaba, na capital, Fortaleza. O artefato foi desativado pelo esquadrão antibombas da polícia militar cearense. Não houve feridos.
A onda de violência já dura oito dias e outros presidiários poderão ser transferidos para penitenciárias federais como forma de reduzir ainda mais os atos de vandalismo.
As investigações apontam que as ordens para os ataques nas ruas partem de dentro das cadeias estaduais. Segundo o governo, os criminosos estão insatisfeitos com o endurecimento das medidas contra as facções criminosas.
Entre elas, a proibição da entrada de celulares nos presídios e da divisão de presos conforme a quadrilha que pertencem.
Ainda de acordo com o governo cearense, o Ministério da Justiça e Segurança Pública concedeu 60 vagas em cadeias federais para a transferência de presos. Portanto, a atual gestão ainda tem direito a transferir 39 detentos, que possam ter envolvimento com os atos violentos.
Desde o dia 2 de janeiro, os cearenses convivem com medo de sair as ruas. Já que ocorreram centenas de ataques e incêndios contra ônibus, transportes escolares, veículos de prefeituras, prédios públicos e comércios.
O governador do Ceará, Camilo Santana, divulgou hoje que, desde o início dos ataques, 277 pessoas envolvidas com os crimes já foram presas.