Secretaria de Meio Ambiente diz que Hydro Alunorte tem condições de voltar a operar
A Secretaria de Meio Ambiente do Pará retirou, nesta quarta-feira (17), o embargo da refinaria de alumínio norueguesa Hydro Alunorte, em Barcarena.
A nota-técnica emitida pela Semas assegura que a mineradora tem condições de voltar a operar suas atividades em 100%.
A empresa vem operando com apenas metade da sua capacidade, desde março de 2018.
A liberação do governo estadual não permite a retomada imediata da operação plena na Alunorte, pois o embargo da Justiça Federal permanece válido.
A decisão judicial determinou a redução de 50% da produção da Alunorte em Barcarena, após um vazamento na bacia de deposição de resíduos sólidos, que ocasionou alagamentos nas dependências da empresa e em comunidades nas proximidades das bacias pertencentes à Hydro Alunorte, em fevereiro.
Em nota, o vice-presidente executivo da área de Negócios Bauxita & Alumina da Hydro no Brasil, John Thuestad, afirmou que a decisão é um reconhecimento importante de que as operações da Alunorte são seguras. Disse ainda que a empresa continuará o diálogo com as autoridades buscando a plena retomada da produção.
De acordo com a empresa, estudo realizado por professores da Universidade Federal de Campina Grande concluiu que a Alunorte, do ponto de vista da gestão hídrica, pode produzir com segurança a 100% de sua capacidade.
Em 2018, a empresa norueguesa assinou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Púbico Federal e o governo do Pará, no qual se comprometeu a realizar auditorias na refinaria, estudos e o pagamento de cupons para compra de água e alimentos para as famílias que vivem na área da bacia hidrográfica do Rio Murucupi - além de investimentos no desenvolvimento social das comunidades em Barcarena.
A Alunorte reforça que várias investigações e inspeções de autoridades, como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema), Defesa Civil e Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Barcarena (Semade), confirmaram que não houve vazamentos ou transbordamento dos depósitos de resíduos de bauxita da refinaria.
* Texto alterado em 17.01.19 para inclusão da nota em que a empresa se manifesta sobre o caso.