O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que a polícia não usará dois pesos e duas medidas no enfrentamento a criminosos que estejam portando fuzil, seja em bairros de áreas nobres ou nas comunidades cariocas.
A afirmação foi feita nesta segunda-feira durante a posse do defensor público-geral do estado, Rodrigo Pacheco, na sede da instituição, no centro do Rio.
Já o novo defensor público-geral, indagado sobre o que acha da política defendida por Witzel, de abate de criminosos portando armamento pesado, disse que é preciso estudar caso a caso.
Rodrigo Pacheco ressaltou que é preciso ‘balizar’ a ação para identificar o direito previsto em lei, de "legítima defesa" do agente.
Ainda na cerimônia de posse do defensor público-geral, Witzel sustentou que os presídios do estado precisam ter a capacidade de devolver à sociedade presos ressocializados e afirmou que as prisões não podem ser masmorras.
A afirmação, no entanto, foi feita uma semana após o governador sugerir a criação de um "Guantánamo" para criminosos que ele classifica como narcoterroristas.
A sugestão fez a uma referência ao presídio militar mantido pelos Estados Unidos em uma ilha cubana para receber acusados de terrorismo.