Os advogados do sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, e do ex-policial Elcio Vieira de Queiroz presos nesta terça-feira (12) acusados de serem os executores do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes negaram envolvimento de seus clientes no crime.
Fernando Santana, advogado de Ronnie Lessa, disse que ainda não teve acesso ao inquérito, mas que o sargento reformado nega qualquer participação.
Luiz Carlos Azenha, advogado de Elcio Vieira de Queiroz, desqualificou as provas da polícia.
Segundo os advogados, ainda não há ainda informações sobre para onde os clientes serão levados e quando prestarão depoimento.
Ronnie Lessa foi preso na madrugada desta terça-feira (12) em casa, na Barra da Tijuca.
Ele é apontado pelo Ministério Público como o responsável pelos 13 tiros que atingiram Marielle e Anderson.
Elcio Vieira de Queiroz também foi preso em casa, no Engenho Novo, zona norte do Rio. Ele é acusado de conduzir o carro, o Cobalt prata, de onde foram feitos os disparos. Elcio foi expulso da Polícia Militar no âmbito de uma investigação sobre a atuação ilegal de policiais em redes de jogos de azar em 2011, a operação Guilhotina.
Ronnie Lessa e Elcio Queiroz foram denunciados pelo duplo homicídio qualificado de Marielle Franco e Anderson Gomes e pela tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora Marielle Franco que estava no carro no momento do crime.
A Polícia Civil e o Ministério Público cumpriram também nesta terça-feira (12) 34 mandados de busca e apreensão em diversos endereços.
A Operação levou o nome de Lume, que significa trazer à luz, e que também é o nome de um largo, no centro do Rio, onde a vereadora Marielle Franco, junto a outros parlamentares do PSOL, realizava atividades e prestava contas de seu mandato.