Famílias de vítimas de incêndio no Ninho do Urubu relatam que indenizações não foram acertadas
Em coletiva concedida nesta terça-feira (19), três advogados de parentes de sete das vítimas do incêndio no alojamento do Flamengo afirmaram que o clube não tem procurado as famílias para tratar das indenizações.
O incêndio no Centro de Treinamento George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, no último dia 08 de fevereiro, vitimou 10 jovens e deixou três feridos.
Outros 13 adolescentes estavam no local, mas conseguiram escapar.
O advogado Arley Carvalho afirmou que a obrigação de procurar as famílias é do Flamengo.
Em nota, o Clube de Regatas do Flamengo afirmou que já fechou acordo com uma família e negocia com outras três e que segue aberto para novas negociações.
Quanto à afirmação de que o clube não procurou as sete famílias representadas pelos três advogados para negociar, o Flamengo lembrou que, em reunião no Tribunal de Justiça, os advogados não concordaram com os termos propostos e encerraram as conversas.
A nota reafirma que o Flamengo vem dando apoio material e psicológico às famílias dos atletas e que todas as despesas com transporte, alimentação e hospedagem ficaram a cargo do clube.
Segundo a nota, os gastos com essas despesas até o momento ultrapassam R$200 mil, incluído o fretamento de um avião para agilizar os sepultamentos dos jovens.
O clube também informou que continua dando uma ajuda de custo mensal de R$ 5 mil para as nove famílias que ainda não acertaram as indenizações.
Em relação aos 16 atletas sobreviventes, o clube informou que fechou acordo com 13 famílias e está em negociação com as três restantes.