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Vale informa risco de ruptura em barragem a partir de domingo em Barão de Cocais

Minas Gerais
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Raquel Júnia
17/05/2019 - 10:55
Brasília

Depois de informações da própria Vale de que mais uma barragem pode romper em Minas Gerais, entre os dias 19 e 25 de maio, o Ministério Público do Estado de Minas fez uma recomendação à mineradora, nessa quinta-feira (16), para que adote imediatamente medidas para deixar clara a situação à população de Barão de Cocais.

 

É no município que fica a barragem de mineração Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, que, segundo a própria companhia, tem uma deformação possível de provocar a ruptura.

 

As informações sobre o possível rompimento foram obtidas pelo Ministério Público junto à companhia, que descreveu a deformação como sendo no talude norte da Cava de Gongo Soco.

 

A Vale explica que esse desgaste pode gerar uma vibração capaz de provocar à ruptura da Barragem Sul Superior, o que causaria danos sociais e humanos imensuráveis.

 

A determinação do Ministério Público é para que a Vale comunique por meio de carros de som, jornais e rádios com informações claras, completas e verídicas a real situação.

 

A Vale também deverá manter posto de atendimento 24 horas nas proximidades dos centros das cidades mineiras de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.

 

Em comunicado divulgado, também nessa quinta, a Vale afirma que não há, até o momento, elementos técnicos que garantam que a falha no talude Norte da Cava da Mina Gongo Soco vai desencadear a ruptura da Barragem Sul Superior.

 

No entanto, no mesmo texto, a companhia diz que mesmo assim está aumentando o nível de alerta e prontidão para o caso extremo de rompimento.

 

A Vale afirma que fará um simulado de evacuação em Barão de Cocais no próximo sábado (18), às 15h, e que vai seguir a recomendação do Ministério Público de intensificar a veiculação das informações.

 

A empresa elevou o nível de alerta da barragem para 2 no dia 8 de fevereiro e, posteriormente, no dia 22 de março, para 3.

 

Em vídeo de esclarecimento publicado na ocasião da mudança de nível, o coordenador do Comitê de Resposta da Vale, Marcelo Klein, disse que o aumento do alerta desta e de outras barragens foi preventiva.


 

Já na mudança para o nível 2, em fevereiro, 400 pessoas que moravam na chamada Zona de Autossalvamento da barragem, de quatro comunidades, que seriam as mais atingidas, em caso de rompimento, foram removidas.

 

A Vale afirma também que foram realizados simulados de emergência com os moradores de três municípios das chamada Zona de Segurança Secundária. 

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