Por 3 votos a 2, o colegiado do Tribunal de Contas do Amazonas rejeitou a prestação de contas de 2018 do ex-governador Amazonino Mendes. O relator do caso, conselheiro Josué Filho, fez um parecer favorável às prestação de contas, mas três colegas discordaram da avaliação.
O conselheiro Júlio Pinheiro votou pela reprovação das contas e acusou Amazonino de ignorar todas as 30 ressalvas e recomendações feitas pelo Tribunal na análise de 2017. Pinheiro ainda destacou o crescimento da dívida ativa, que já passa de R$ 2 bilhões; e o aumento nos gastos com pessoal. O conselheiro apontou ainda pagamento de dívidas passadas com recurso de fundo da Educação, o que não é permitido pela lei.
Outros conselheiros criticaram os altos valores pagos com energia e combustível. Eles também consideram que o ex-governador Amazonino Mendes cometeu as chamadas pedaladas fiscais ao tratar das despesas a pagar e das despesas canceladas.
O parecer do Tribunal de Contas que recomenda a reprovação das contas será encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, que deverá fazer o julgamento político.
Em nota, Amazonino Mendes considerou a decisão do Tribunal “um excesso absurdo de zelo”. O ex-governador afirma que se sente injustiçado, mas "continua com a consciência tranquila" e "certo de que fez tudo de acordo com a lei". Amazonino vai entrar com recurso administrativo contra o parecer.