O problema da violência obstétrica também é uma realidade para as mulheres do Acre. E, para coibir esses atos, os profissionais de saúde precisam estar atentos aos procedimentos e direitos que envolvem a assistência ao parto.
Por isso, o Ministério Público do Acre lançou a cartilha “Direitos das Mulheres no Parto – Conversando com Profissionais da Saúde e do Direito”.
O material foi elaborado pelo Coletivo Feminista e Sexualidade e Saúde, e vai ajudar os profissionais interessados em conhecer mais sobre os direitos das mulheres na assistência ao parto.
Entre as informações que constam na cartilha está a configuração de violência obstétrica para práticas até então consideradas “normais”.
Exemplo disso é o procedimento chamado episiotomia: quando o médico, durante o parto, faz um corte no músculo que fica entre a vagina e o ânus, para ampliar o espaço de saída do bebê e acelerar o tempo de parto.
Muitas vezes, a mulher, em situação de estresse, devido às dores e ansiedade do parto, sequer é consultada sobre o procedimento.
A cartilha lançada pelo Ministério Público do Acre, ainda cita que a violência obstétrica pode ser “física, verbal, simbólica e sexual, vivenciada na gravidez, no ato do nascimento da criança e após o parto”.
Segundo o MP, o material publicado é voltado para profissionais, justamente porque esse tipo de violência é geralmente praticado, pelo médico, enfermeiro, a equipe de saúde de uma unidade de saúde ou mesmo por um parente próximo ou acompanhante.
São situações que causam dor, desconforto ou constrangimento às gestantes.
A Organização Mundial da Saúde revela que uma em cada quatro mulheres já sofreu algum tipo de violência obstétrica.
A cartilha pode ser consultada, também, na internet, no site mpac.mp.br/violencia-obstetrica.