Campanha nacional vai mobilizar população para combate à hanseníase e ao preconceito
O Ministério da Saúde, a OMS, Organização Mundial da Saúde e a fundação japonesa Sasakawa firmaram esta semana uma parceria para o lançamento em 2020 de uma mobilização nacional sobre a hanseníase.
A doença ainda enfrenta uma série de estigmas no Brasil e demanda o diagnóstico precoce para evitar sequelas mais graves.
Socorro Gross, representante da OMS no Brasil, considera que o país está no caminho correto do combate à doença, mas faz um apelo para que toda a sociedade se envolva na campanha de conscientização.
A sociedade civil também será chamada para colaborar na construção da campanha de combate à doença.
Faustino Pinto, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, pede mais investimento em diagnóstico precoce e reabilitação.
Magda Levantezi, da coordenação de hanseníase do Ministério da Saúde, fala quais são as principais ações desenvolvidas pelo governo federal.
O Brasil é o segundo país com o maior número de novos casos detectados de hanseníase por ano, atrás apenas da Índia. Em 2018, foram quase 29 mil novos casos diagnosticados.
Os estados mais endêmicos são Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Rondônia, Pará e Piauí.
A hanseníase é uma doença causada por infecção bacteriana e transmitida por tosse ou espirro. A infecção compromete principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos.
O tratamento da hanseníase possibilita a cura e evita sequelas. Os medicamentos estão disponíveis gratuitamente no SUS, Sistema Único de Saúde.