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Elas não brincam ao volante, mas ainda sofrem preconceito

Trânsito
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Beatriz Evaristo
25/07/2019 - 13:01
Brasília

O serviço de transporte no Brasil tem papel de destaque na economia brasileira. No dia do motorista, a Rádio Nacional faz uma homenagem às mulheres que trabalham no transporte de cargas e passageiros pelo país. Elas enfrentam preconceito, mesmo assim não abandonam o volante por outra profissão.

 

A cearense Sirleuda Xavier, de 43 anos, dirige um táxi há 24 anos. Ingressou na profissão por incentivo do marido quando eles ainda eram namorados. A motorista costuma ser elogiada pelos clientes, principalmente pelo cuidado no trânsito.

 

De acordo com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza, as mulheres representam 15% dos profissionais de táxi em circulação da cidade. Na direção, a taxista já enfrentou casos de assédio e falta de segurança. Deu a volta no preconceito e conquistou o respeito dos colegas de profissão.

 

Quem também venceu o preconceito foi a caminhoneira Cristiane Mendonça Luiz, de 51 anos. Com 22 anos de estrada, Cristiane já foi premiada como melhor motorista do setor de transporte de combustíveis e tem verdadeira paixão pelo trabalho que faz.

 

Em 2012, Cristiane foi pioneira na empresa de distribuição de combustíveis onde começou a trabalhar como motorista de caminhão tanque no Distrito Federal. Até então, a empresa contava com 34 motoristas, todos homens.

 

De acordo com o Ministério do Trabalho, 17% dos postos de trabalho no setor de cargas do país são ocupados por mulheres. A participação feminina é ainda menor no transporte coletivo de passageiros.

 

Dados divulgados pelo Ministério da Infraestrutura mostram que apenas 5% das pessoas habilitadas para dirigir ônibus, no Brasil, são mulheres.

 

A motorista profissional Ângela Maria Lourenço, de 45 anos, deixou o interior de Minas Gerais para viver no Rio de Janeiro há mais de 20 anos.

 

Na época, mesmo com experiência, Ângela começou a trabalhar como cobradora porque a empresa não permitia mulheres ao volante.

 

Superados os obstáculos para entrar no mercado de trabalho no Rio de Janeiro, Ângela Maria manda um recado a outras mulheres que sonham em assumir o volante no setor de transportes.

 

* Matéria atualizada às 8h42 de 26/07/2019 para acréscimo de informação.

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