A Força-Tarefa Humanitária Federal em Roraima está intensificando a transferência dos imigrantes venezuelanos que estão em Pacaraima e na capital Boa Vista para cidades brasileiras em outros estados.
O foco nas ações do processo de Interiorização pela Força-Tarefa pretende reduzir o número de abrigos do Governo Federal em Roraima.
Atualmente com 13 espaços de abrigamento da Operação Acolhida, o objetivo é desativar, aos poucos, DEZ deles, até que sobrem apenas os abrigos Rondon 1, 2 e 3 - que comportam o maior número de pessoas e estão próximos aos quartéis da Brigada de Selva.
De acordo com a Força-Tarefa Humanitária, nos últimos dois meses, 300 imigrantes em média foram transferidos por semana.
Desde o início da Operação acolhida em abril do ano passado, até os primeiros dias deste mês de julho, 13 mil venezuelanos foram interiorizados, tanto pelo governo federal como por entidades da sociedade civil.
A mudança para outros estados pode ocorrer quando o imigrante é direcionado para uma vaga de emprego, quando é feita transferência de abrigos de Boa Vista para abrigos mantidos pelo poder público ou de instituições civis. Há também a situação na qual o cidadão venezuelano já tem algum familiar que pode recebê-lo em sua cidade.
Balanço da Polícia Federal aponta que entre 2017 e março de 2019, quase 380 mil Venezuelanos entraram no Brasil.
Muitos saem, seja retornando para a Venezuela, seja de passagem para outros países da América do sul. De acordo com a Polícia Federal, não há registro da saída das terras brasileiras de 140 mil venezuelanos.
Oficialmente, mais de 43 mil estão em Roraima. O estado é a principal porta de entrada dos venezuelanos que fogem da crise política e econômica no país de origem.