Governo do Maranhão tenta atender indígenas venezuelanos que vivem em condição precária em São Luís
Cento e vinte e cinco venezuelanos, todos indígenas da etnia Warao, vivem em situação precária, em São Luís.
De acordo com a Secretária de Direitos Humanos do Maranhão, desde 2016, esses povos migram para o estado após terem passado pelo Amazonas, Pará, Roraima e Mato Grosso.
Um grupo de trabalho do governo do estado, formado por representantes de secretarias estaduais e da Prefeitura de São Luís, foi criado para atender, de maneira emergencial, os imigrantes no sentido de assegurar alimentação, assistencial social, moradia e atendimento de saúde.
A primeira abordagem aos indígenas venezuelanos é feita em um posto montado na Rodoviária da Capital. A Secretária da Criança e Assistência Social de São Luís, Andréia Lauande, explica que as diferenças culturais precisam ser respeitadas no momento do contato.
Vivendo sem abrigo e em condição de andarilhos, os indígenas estão sem alternativa econômica. Crianças e adolescentes ficam nas ruas de São Luís, acompanhados ou não dos seus pais, pedindo esmolas. O Secretário de Direitos Humanos do Maranhão, Francisco Gonçalves da Conceição, afirma que neste caso a abordagem precisa ser mais incisiva.
Defensoria Pública da União e Polícia Federal atuam na regularização da documentação dos estrangeiros.
Os venezuelanos que aceitam apoio são encaminhados para um alojamento cedido pela igreja Assembleia de Deus, no município de Paço do Lumiar.
De acordo com o governo do Maranhão, atualmente, 39 pessoas estão no alojamento, onde são ofertadas refeições. Além disso, a Força Estadual de Saúde organiza cronogramas de atendimentos clínicos, encaminhamento para exames e realiza atendimentos emergenciais.