Hackers suspeitos de invasão de celulares terão audiência de custódia nesta terça
Audiência de custódia vai definir se hackers continuarão presos. A Justiça Federal, em Brasília, marcou para esta terça-feira (30) a audiência de custódia com os quatro presos suspeitos de hackearem o celular de autoridades brasileiras, entre elas, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro.
A audiência será presidida pelo juiz Vallisney Oliveira, que cuida deste caso, e vai avaliar se eles continuam presos ou não. Os acusados cumprem prisão temporária, que foi prorrogada por mais cinco dias na semana passada. A prisão foi justificada sob o argumento de que eles poderiam destruir provas e atrapalhar a investigação.
A audiência de custódia é um procedimento obrigatório para se verificar a necessidade e legalidade da detenção de qualquer suspeito.
Eles foram presos na última terça-feira e, em depoimentos, um deles afirma que entrou em contato o jornalista Glenn Grenwald, do site The Intercept Brasil, por meio da ex-deputada Manuela D’ávila. Em parceria com outros veículos, o site tem divulgado conversas de autoridades vazadas do aplicativo Telegram.
A ex-deputada Manuela D'Ávila confirmou o contato feito por uma pessoa não identificada em sua conta no Telegram e disse ter passado o contato do jornalista Gleen porque a pessoa afirmava ter em mãos provas de atos ilícitos praticados por autoridades.
Na nota, Manuela diz que vai orientar os advogados para entregarem imediatamente à Polícia Federal as cópias das mensagens recebidas pelo aplicativo Telegram. Ela também se colocou à disposição para prestar esclarecimentos e para apresentar o celular à exame pericial.
