IBGE inicia Pesquisa Nacional de Saúde 2019; coleta de dados embasa políticas públicas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu início, nesta segunda-feira (26), à Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Cerca de 1200 agentes vão visitar 108 mil domicílios distribuídos em mais de 2 mil municípios do país. A coleta dos dados vai até fevereiro do ano que vem e os primeiros resultados devem ser divulgados em 2021.
Feita em convênio com o Ministério da Saúde, e parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a pesquisa investiga, entre outros temas, a prevalência de doenças crônicas, e quantifica a população com incapacidade física. Ela avalia indicadores relativos ao estilo de vida, como sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool, aborda questões sobre violência e monitora a realização de exames preventivos. Os agentes coletam também dados sobre peso e altura dos moradores.
A Pesquisa Nacional de Saúde foi realizada pela primeira vez em 2013. Os resultados, divulgados entre 2014 e 2016, revelaram, por exemplo, que entre a população com mais de 18 anos, 14,5% fumavam cigarro e 24% ingeriam bebida alcoólica pelo menos uma vez por semana. E que mais de 11 milhões de pessoas foram diagnosticadas com depressão por um profissional de saúde mental.
Esses e outros temas continuam a fazer parte da pesquisa deste ano, que incluiu novos módulos como paternidade, participação masculina no pré-natal, atividade sexual e condições de trabalho. A gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, detalha as novidades desta segunda edição.
A gerente da pesquisa destacou, ainda, a necessidade do profissional, devidamente identificado com crachá, ser bem recebido, pelos moradores.
O diretor do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, enfatizou a relevância do trabalho para a elaboração de políticas públicas específicas.
Os mais de 108 mil domicílios que participarão da pesquisa foram selecionados aleatoriamente. Os moradores receberão, antes da visita dos pesquisadores, uma carta assinada pela presidente do órgão, Suzana Cordeiro Guerra.
A previsão é que a pesquisa seja realizada a cada 5 anos. Em 2024, novos dados devem ser coletados para compor essa que é, de acordo com o IBGE, a maior e mais completa pesquisa em saúde da América Latina.