Ocupantes de área da Codevasf, em Pernambuco, têm 10 dias para deixar o local
As famílias que ocupam área do projeto de irrigação Nilo Coelho, em Petrolina, Pernambuco, têm pouco mais de 10 dias para deixarem o local.
Uma liminar judicial determina que as cerca de 300 famílias que residem na área há aproximadamente oito anos saiam do terreno que pertence a Codevasf - Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba.
O produtor Antônio Batista afirma que os ocupantes tentaram uma negociação, mas sem sucesso.
Por nota, a Codevasf informou que não existe possibilidade de negociação por meio de permuta, uma vez que se trata de uma área de reserva legal, registrada na escritura do projeto.
A companhia afirma ainda que já são mais de mil hectares de vegetação nativa devastada e que o processo judicial respeitou todos os procedimentos legais.
Em sua página na internet, o MST- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, afirma que a produção do acampamento garante melhor qualidade de vida às famílias, gerando emprego e renda; produzindo alimentos saudáveis por meio da agricultura familiar.
O movimento considerou a medida uma perseguição aos produtores, que tem uma luta legítima pela Reforma Agrária no país.