60 mil pescadores do Nordeste vão receber, em novembro, o pagamento de um mês extra do seguro defeso. O valor corresponde a um salário mínimo e custará aos cofres públicos R$ 59 milhões.
A medida visa auxiliar os trabalhadores das regiões afetadas pelo derramamento de óleo nas praias do Nordeste. Só terão direito ao benefício, os pescadores que atuam no mar.
O secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior, pede que o pescador aguarde o depósito do seguro.
“O pescador pode ficar tranquilo, não precisa de nenhum ato. Simplesmente aguarde que estamos construindo, e dentro do mês de novembro, ainda não sei precisar a data, será depositada uma parcela na mesma conta que ele já recebe o seguro defeso”.
Mais cedo o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, sobrevoou de helicóptero a praia de Boa Viagem, em Pernambuco, e viu de perto os trabalhos de remoção do óleo.
De acordo com o ministro, o plano de contingência feito pelo governo federal está sendo cumprido. Agora, com o reforço de cinco mil homens do Exército.
“Nós não julgávamos que fosse necessário empregar o Exército. Quando precisou, empregamos. Quando as manchas saíram de Salvador, recrudesceu, chegaram em Pernambuco, aí sim. Por causa da imprevisibilidade dos locais onde as manchas aparecem. Nossa dificuldade é essa”.
Segundo dados do Ibama, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, as primeiras manchas de óleo foram identificadas no fim de agosto, no litoral da Paraíba. O instituto já contabilizou 200 regiões afetadas em nove estados brasileiros.
Em nota, o Ibama informou que continua a realizar o estudo do impacto ambiental na região, e utiliza barreiras de contenção para evitar a dispersão do óleo.
Já a investigação da origem do produto é conduzida pela Marinha que, junto com a Polícia Federal, notificou 30 navios-tanque de 10 diferentes bandeiras a prestarem esclarecimentos.