A Operação Apate da Polícia Civil do Distrito Federal foi às ruas hoje para desarticular uma quadrilha especializada em fraudar serviços e desviar milhões de reais dos cofres da CEB- Companhia Energética de Brasília. Dezoito pessoas foram presas.
Ainda foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão na sede da empresa, no SIA, em Ceilândia, Taguatinga, Estrutural, Recanto das Emas, Sobradinho, Santa Maria, Gama. Também em Águas Lindas e Novo Gama, em Goiás. Foram apreendidos R$86 mil em espécie, milhares de lacres de medidores da CEB, uniformes da companhia energética e 113 medidores de energia e uma caminhonete de luxo.
Segundo as investigações da polícia e do Ministério Público, a quadrilha possuía seis núcleos que executavam condutas diferentes. Entre elas: terceiros prestavam serviços em nome da CEB e embolsavam o dinheiro sem repassar à empresa.
Outros realizavam serviços ilegais como adulteração de medidores de energia elétrica. Tinham aqueles que forneciam energia para obras embargadas. Alguns tinham a responsabilidade de transferir dívidas com a CEB e para outros CPFs.
Apenas nesse último crime, a Polícia Civil calcula que houve prejuízo de R$20 milhões em quatro meses. O delegado da Draco - Divisão de Combate ao Crime Organizado, Jean Felipe Mendes detalha como era o esquema de fraudes dentro da CEB.
As investigações que deram origem a operação Apate surgiram após outra operação: a Hórus, de combate a grilagem de terras no condomínio Sol Nascente, em Ceilândia. Na época, houve prisões de policiais militares e grileiros de terra.
Foi apreendido um celular que levou ao esquema de fraudes na CEB, como explica promotor Marcel Bernarde Marques que atuou nas duas investigações.
Os envolvidos nas fraudes descobertas pela Operação Apate podem responder por corrupção ativa, passiva, falsidade ideológica e estelionato contra a administração pública.