Fraude em contratos que beneficiariam alunos de escolas públicas do DF soma prejuízo de R$ 6 bilhões
A Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Conto do Vigário.
Os alvos da investigação são seis contratos e convênios firmados, entre 2015 e 2018, entre a Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do DF e duas instituições sem fins lucrativos: o Instituto Brasília Para o Bem-Estar do Servidor Público (Ibesp) e o Instituto Terra Utópica.
Os contratos eram destinados à organização de concursos de redação, contratação de histórias e distribuição de livros e revistas para alunos de escolas públicas do Distrito Federal.
Entre as fraudes identificadas, há sobrepreço nos contratos e fornecimento de material menor que o previsto.
Em um dos contratos, também foi ofertado lanche vencido para as crianças.
Somados, os contratos chegam a quase R$ 6 milhões, porém o prejuízo total aos cofres públicos ainda não foi calculado porque pode ultrapassar esse valor.
O delegado Leonardo de Castro, responsável pelas investigações, conta que servidores e empresários podem estar envolvidos no esquema.
Sonora: “A suspeita é de que existem servidores da secretaria e Câmara Legislativa do DF, empresários e laranjas. Lembrando que o esquema ocorreu entre o período de 2014 a 2018.”
Os investigados podem responder pelos crimes de associação ou organização criminosa, peculato, falsificação de documentos, como notas fiscais, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e fraude processual.
Se condenados, a pena dos envolvidos ultrapassa 30 anos de prisão.
Na primeira fase da operação, em dezembro de 2018, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão.
Procuradas, as empresas investigadas não retornaram nosso contato.
* Estagiário com supervisão de Nádia Faggiani