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Jovem baleado na Vila Kennedy: Comissão de Direitos Humanos da Alerj quer acompanhar investigação

Jovem baleado
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Tâmara Freire
29/01/2020 - 12:45
Rio de Janeiro

Felipe Rangel Santos, de 24 anos, tinha conseguido há poucos dias o tão sonhado emprego com carteira assinada.

 

O salário fixo, o cartão alimentação e, principalmente, o plano de saúde oferecido pelo posto de gasolina ajudariam muito o técnico de informática a cuidar do filho de apenas um ano e meio.

 

Infelizmente, o pequeno terá que crescer sem o pai, baleado durante uma incursão policial na Vila Kennedy, comunidade da zona oeste do Rio, na madrugada do último dia 19, após acusações de que Felipe era traficante e foi morto porque entrou em confronto com a polícia.

 

A mãe dele, Érica Rangel de Moura Souza, tenta honrar a memória do filho.

 

A Polícia Militar confirma que uma guarnição atuou no local, mas diz que os agentes tentavam coibir uma festa irregular, quando foram atacados por bandidos e revidaram.

 

Felipe foi um de três homens baleados com os quais, de acordo com a corporação, foram encontradas duas armas e uma granada.

 

Mas a família, após colher depoimentos de quem viu a cena, diz que os policiais já chegaram atirando na praça onde os dois criminosos estavam, de acordo com o pai, Dione Oliveira dos Santos, Felipe apenas passava próximo ao local com um amigo quando foi baleado.

 

O caso está sendo acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.

 

A presidente da comissão, Renata Souza, diz que já acionou o Ministério Público e a Defensoria Pública para fiscalizar a investigação e reivindicar uma reparação para a família.

 

Por enquanto, a investigação está a cargo da 34ª Delegacia de Polícia, em Bangu.

 

A família diz que ainda não foi chamada para prestar depoimento.  A Polícia Civil não respondeu porque o caso não foi repassado à Delegacia de Homicídios.

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