Presos foragidos de presídio no Acre podem ser da mesma facção criminosa do Paraguai
Vinte e seis detentos fugiram nesta segunda-feira (20), do Complexo Penitenciário Francisco d'Oliveira Conde, em Rio Branco, no Acre. O grupo pode fazer parte da mesma facção criminosa que fugiu de prisão no Paraguai.
Os presos fizeram um buraco na parede da cela e desceram a muralha da unidade, com cordas feitas com lençóis. Um deles foi recapturado, os demais continuam foragidos.
Em coletiva, o secretário de Justiça e Segurança Pública em exercício do Acre, Ricardo Brandão, confirmou que os detentos foragidos fazem parte do PCC – Primeiro Comando da Capital. Ricardo Brandão disse que a relação com a fuga em massa no presídio paraguaio de Pedro Juan Caballero ainda está sendo investigada.
A atuação de grupos criminosos também pode ter relação com outro crime ocorrido neste fim de semana na capital acreana. A Polícia Civil investiga se uma chacina ocorrida na noite de sábado teve como motivação a briga entre facções. Seis pessoas foram executadas por um grupo encapuzado, na rodovia transacreana, na zona rural de Rio Branco.
As forças de segurança do Acre, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e do Exército, montaram, nesta segunda-feira (20), novas barreiras ao longo das BRs 364 e 317. As rodovias são as principais rotas de acesso ao Acre e aos países fronteiriços, Bolívia e Peru.
A ação quer evitar que presos foragidos entrem em outros estados do país. De acordo com o Governo do Acre, todos os policiais de folga estão em sobreaviso e os 250 novos Policiais Militares, convocados no ano passado, serão utilizados para aumentar o efetivo nas ruas.